segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Dê valor a quem tem valor...

Dê valor a quem tem valor...

Era o terceiro ano consecutivo em que eu tentava criar o gramado perfeito. Tudo ia bem, até que um dia eu descobri diversos dentes-de-leão brotando. Eu estava certo que no fim de semana seguinte eu teria me livrado daquelas ervas. Mas, eu tinha prometido à minha filha, Kayla, que iríamos pescar.

- Tenho que tratar destes dentes-de-leão antes de ir pescar. O gramado é pequeno não vai levar tanto tempo assim! Com uma chave de fenda e um saco de lixo à disposição, eu ataquei as ervas daninhas.

- Colhendo flores, papai? Kayla perguntou.

- Sim, querida!

- Vou lhe ajudar - Ela ofereceu - Darei algumas para mamãe.

- Vá em frente, meu doce - lhe respondi - tem muitas por aí!

Uma hora se passou, e as manchinhas amarelas ainda resistiam.

- Você disse que iríamos pescar hoje. Kayla reclamou.

- Sim eu sei. - Eu repondi - Vou só colher um pouquinho mais de flores?

- Você já colheu muitas flores, papai. Chega. Kayla insistia impaciente.

- Está certo, querida. Só mais algumas. Eu prometi. Mas eu não podia parar tal a ansiedade em terminar o trabalho.

Alguns minutos depois, um tapinha em meu ombro.

- Papai, faça um desejo! Kayla falou.

Quando me virei, Kayla encheu os pulmões e deu uma grande soprada, e milhares de sementinhas de dentes-de-leão se espalharam pelo ar...

Então, percebi que estava danto mais importância às ervas daninhas do que a minha pequena filha. Eu a joguei para cima e dei-lhe um beijo, e fomos para a lagoa dos peixes.

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