quarta-feira, 16 de novembro de 2011
Google+ versus Facebook: qual é o melhor para os negócios?
Desde que a Google abriu a possibilidade de negócios criarem páginas no Google+, há duas semanas, passou a disponibilizar ferramentas básicas para que companhias entrem nessa rede.
Enquanto os analistas da indústria acreditam que o Google+ Pages poderá encontrar um nicho lucrativo no mundo de redes sociais entre os usuários corporativos, por enquanto há uma percepção de que o Facebook pode superar o Google+ quando se trata de fornecer às empresas um lugar para atingir o coração dos clientes.
"Acredito que a Google vem tentando encontrar equilíbrio entre responder rapidamente a uma grande demanda do mercado - o apoio à presença comercial no Google+ Pages - versus disponibilizar uma oferta mais completa ao mercado", aponta Ray Valdes, analista do instituto de pesquisas Gartner. "A gigante de buscas escolheu não esperar até que o Google+ Pages ganhe características importantes, mas secundárias, como transferências de conta e suporte a arquivos de áudio. “Esse setor caminha rapidamente, e a Google não se deu ao luxo de esperar até que a oferta estivesse totalmente completa”, acrescenta o executivo.
Por enquanto, há uma lista de recursos que o Google+ Pages não conta, incluindo a capacidade para que as empresas ofereçam promoções ou cupons, bem como a possibildiade de hospedar concursos ou sorteios. Empresas em páginas do Google+ também não podem vender produtos. Muitos desses recursos estão disponíveis no Facebook e, agora, os usuários os querem no Google+ Pages.
Em julho, logo após a Google ter permitido a criação de páginas no Google+, o Facebook lançou o Facebook para Negócios, que basicamente é um guia para auxiliar empresas a usar recursos do Facebook direcionados para os negócios, social plug-ins e anúncios.
O Facebook deixou claro que queria fisgar as empresas e tirou vantagem da demora do lançamento do Google+ Pages. Agora, meses depois, analistas do mercado dizem que é evidente que o Google+ ainda precisa amadurecer. De acordo com Valdes, o Google+ Pages é um bom começo e a empresa irá completar a oferta nos próximos meses.
“No momento, o Facebook tem uma oferta mais completa, mas tudo isso pode mudar rapidamente. Google e Facebook não são escolhas excludentes. Muitas empresas têm um blog e um Twitter e uma página no Facebook. Agora, uma parte deles irá adicionar uma página no Google+”, diz Valdes.
De acordo com ele, alguns pontos estão posicionando a ferramenta da Google positivamente. “Muitas empresas estão inseridas no mundo da rede social e enxergam com bons olhos a audiência da Google”, aponta. “Se a Google adicionar processos para aprimorar a solução, será realmente útil e valiosa para as companhias”, completa.
Dan Olds, analista do Gabriel Consulting Group, disse que ainda há espaço para a Google tornar-se a ferramenta que estará no topo das estratégias sociais das organizações. Mas primeiro, diz, precisa sanar os problemas dos usuários têm notado nos últimos dias.
"Existem algumas limitações reais nas páginas voltadas para o setor corporativo do Google+ que tornam mais difícil para as empresas usar a solução da maneira que quiserem. Esse quadro pode reduzir significativamente a adoção", avalia. "Por exemplo, apenas uma única pessoa pode gerenciar a conta, por isso ou o indivíduo será responsável pela página da empresa ou terá de compartilhar os dados de login e senha com várias pessoas. Isso não é recomendado."
Ao analisar esses pontos, de acordo com Olds, o Facebook tem vantagem quando se trata de rede social mais alinhada às empresas. Mas ele espera que a Google trabalhe para mudar esse cenário. Pro outro lado, diz, nenhuma ferramenta é “tudo para todos”.
Valdes espera ver, nas próximas atualizações do Google+, mais integração com outros serviços do Google, como a ferramenta de busca. Nas últimas semanas, a Google afirmou que é exatamente essa a ideia que tem daqui para frente. Em setembro, o CEO da Google, Larry Page disse que quer "transformar" a empresa, integrando seus diversos serviços com o Google+.
Não há dúvidas, aponta o analista, de que a Google deu um enorme passo nessa direção em outubro quando anunciou que tinha integrado o Google+ com o Google Apps, um pacote de aplicativos corporativos baseado em nuvem.
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